Tire Suas Dúvidas - Avaliação Neuropsicológica

Tire Suas Dúvidas

Aqui você encontra as respostas para as dúvidas mais comuns sobre a avaliação neuropsicológica e os serviços oferecidos no consultório.

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Perguntas Frequentes
Avaliação Neuropsicológica
TEA | TDAH | SUPERDOTAÇÃO

Perguntas Frequentes

O que é a avaliação neuropsicológica? É feita em Campinas?

A avaliação neuropsicológica é uma investigação detalhada e científica da relação entre o cérebro e o comportamento. Não é apenas um teste, mas um processo clínico artesanal conduzido por um neuropsicólogo especialista. O objetivo é mapear o funcionamento de habilidades cognitivas como inteligência, memória, atenção, planejamento e funções executivas.

Realizamos a avaliação presencial na cidade de Campinas. O Dr. Gabriel Grigoletti é um profissional com profundas raízes acadêmicas na cidade (Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado pela UNICAMP). Ele utiliza essa ferramenta para investigar o funcionamento cognitivo dos pacientes, além de construir hipóteses para rastreio do TDAH, Transtorno do Espectro Autista (TEA), dificuldades de aprendizagem, superdotação, entre outras condições.

Qual o valor de uma avaliação neuropsicológica em Campinas?

Buscamos ser transparentes em relação aos valores, que refletem a profundidade e a personalização do processo. Os valores variam conforme a faixa etária e a complexidade da avaliação:

  • Avaliação Neuropsicológica para Pré-escolares (3 a 5 anos): R$ 5.250,00.
  • Avaliação Neuropsicológica para Crianças e Adolescentes (6 a 17 anos): R$ 4.400,00.
  • Avaliação Neuropsicológica Presencial para Adultos (18 a 60 anos): R$ 4.400,00.
  • Avaliação Neuropsicológica Online para Adultos (18 a 60 anos): R$ 4.680,00.

Todos os valores podem ser parcelados em até 12x no cartão de crédito. Para visualizar as opções detalhadas e realizar o pagamento, acesse nossa loja virtual.

Quem pode diagnosticar TDAH ou Autismo em Campinas?

Essa é uma dúvida fundamental e a resposta envolve uma parceria entre profissionais. O diagnóstico nosológico (o ato de nomear um transtorno como TEA ou TDAH) é uma atribuição exclusiva dos profissionais da medicina, como psiquiatras e neurologistas.

No entanto, a avaliação neuropsicológica realizada pelo Dr. Gabriel é uma ferramenta importante nesse processo. Ela fornece as hipóteses diagnósticas, embasadas por um mapa detalhado do funcionamento cognitivo, emocional e comportamental do indivíduo. Esse mapeamento, entregue no laudo, oferece ao médico dados científicos e observações clínicas aprofundadas que são cruciais para um diagnóstico assertivo e diferencial.

Meu filho não vai bem na escola, uma avaliação pode ajudar?

Sim, definitivamente. Quando uma criança ou adolescente não vai bem na escola, raramente a questão é "falta de esforço". A avaliação neuropsicológica é a ferramenta mais eficaz para investigar as causas subjacentes.

O processo avaliativo explora como o cérebro processa informações acadêmicas, investigando funções essenciais como memória de trabalho, atenção, velocidade de processamento e raciocínio lógico. Com isso, conseguimos diferenciar se o baixo desempenho é resultado de:

  • Um transtorno específico de aprendizagem, como a antiga Dislexia ou Discalculia.
  • Uma consequência secundária de outra condição, como um TDAH não diagnosticado, um quadro de ansiedade ou até mesmo a inadequação do método pedagógico.

A avaliação oferece clareza para guiar intervenções educacionais precisas e o suporte necessário.

Qual a diferença entre psicólogo e neuropsicólogo?

Enquanto todo neuropsicólogo é um psicólogo, nem todo psicólogo é um neuropsicólogo.

  • Psicólogo: É o profissional graduado em Psicologia, com uma formação ampla sobre o comportamento e os processos mentais humanos, atuando em diversas áreas (clínica, escolar, organizacional, etc.).
  • Neuropsicólogo: É um psicólogo que realizou uma Pós-Graduação (especialização) em Neuropsicologia e obteve o título de especialista pelo Conselho Federal de Psicologia. Seu foco é a relação entre o cérebro e o comportamento. Ele utiliza testes, escalas e instrumentos padronizados para investigar de forma aprofundada o funcionamento de habilidades cognitivas como inteligência, memória, atenção, planejamento e controle de impulsos.

O Dr. Gabriel, com Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado pela UNICAMP, além da especialização em neuropsicologia, possui uma formação robusta para essa investigação.

Por que escolher o Dr. Gabriel Grigoletti como meu neuropsicólogo em Campinas?

Escolher um neuropsicólogo é uma decisão particular, baseada em confiança e qualificação. O Dr. Gabriel Grigoletti oferece uma combinação de rigor científico e experiência clínica. Sua formação inclui:

  • Doutorado e Mestrado pela UNICAMP.
  • Pós-Doutorado em Saúde Coletiva pela UNICAMP.
  • Título de Especialista em Neuropsicologia pelo Conselho Federal de Psicologia.
  • Experiência como pesquisador para instituições como o Ministério Público do Trabalho e a própria UNICAMP, com artigos científicos publicados em revistas internacionais.
  • Formação em Early Start Denver (ESDM) pela UC Davis MIND Institute – Califórnia/EUA.
  • Membro da Sociedade DOHaD (Developmental Origins of Health and Disease).
  • Atuação como supervisor geral de clínicas focadas em habilitação e reabilitação de crianças com TEA, TDAH e Síndrome de Down.

Essa trajetória oferece uma capacidade técnica e clínica para avaliar casos complexos, como transtornos do neurodesenvolvimento, comorbidades, dupla-excepcionalidade e outras condições.

Por que os preços da avaliação neuropsicológica variam tanto entre os profissionais?

A variação de valores reflete diretamente a diferença na profundidade, na experiência do profissional e na qualidade do processo. Uma avaliação neuropsicológica não é um produto padronizado. Os fatores que determinam seu valor são:

  • A Formação do Neuropsicólogo: A experiência e a qualificação do profissional são o fator mais importante. A formação do Dr. Gabriel inclui Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado pela UNICAMP, além do título de especialista.
  • A Profundidade da Avaliação: Nosso processo inclui 8 sessões de 1h30min, além de uma sessão de devolutiva de 3 horas para discussão detalhada dos resultados, um tempo significativamente maior do que o padrão de mercado.
  • O "Crivo Clínico": Mais do que aplicar testes, o valor está na capacidade do avaliador de interpretar os resultados, conectar os dados com a história do paciente e ir além dos números. Os testes são apenas norteadores; a experiência clínica do Dr. Gabriel contribui com a qualidade das interpretações e a assertividade das hipóteses.
  • A Qualidade dos Instrumentos: Utilizamos os testes neuropsicológicos mais modernos e validados para o mercado brasileiro, como as escalas Wechsler (WISC/WAIS), SON-R e muitos outros.

Em resumo, você não está pagando apenas por testes, mas pela expertise de um cientista e clínico para conduzir uma investigação aprofundada e artesanal sobre o seu funcionamento.

Como a avaliação neuropsicológica em Campinas ajuda a diferenciar TDAH, Autismo (TEA) e outras condições?

Muitas condições, como TDAH, TEA, superdotação e até ansiedade, possuem sintomas que se sobrepõem, tornando o diagnóstico diferencial um desafio. A avaliação neuropsicológica é a ferramenta mais robusta para investigar essa complexidade.

O processo, conduzido pelo Dr. Gabriel, vai além da aplicação de testes. Toda hipótese diagnóstica precisa ser pautada pelo "crivo clínico", que é a capacidade do profissional entender o funcionamento dos transtornos e quadros patológicos para não cometer o equívoco de achar que os resultados dos testes fornecem diagnósticos ou que são suficientes para construção de hipóteses assertivas. Por exemplo, o processo avaliativo precisa:

  • Investigar comorbidades: É extremamente comum a coexistência de dois ou mais quadros (ex: TEA + TDAH). A avaliação deve desmembrar os sintomas e entender como uma condição influencia a outra.
  • Considerar a subjetividade: A experiência do indivíduo, o "masking" e o impacto emocional são levados em conta, algo que manuais diagnósticos não conseguem captar.

Qual a diferença entre a avaliação neuropsicológica online e a presencial para adultos?

A escolha entre o modelo online e presencial depende do seu objetivo principal com a avaliação.

  • Avaliação Online: É uma ferramenta eficaz para adultos que buscam investigar hipóteses diagnósticas de transtornos do neurodesenvolvimento como TDAH e Transtorno do Espectro Autista (TEA). Como o diagnóstico depende fundamentalmente do crivo clínico e da experiência do avaliador, o formato online permite uma triagem e investigação robusta dos sintomas.
  • Avaliação Presencial: É o modelo mais indicado se o seu objetivo é uma mensuração sistemática e completa do perfil cognitivo (QI, memória, etc.) ou se há suspeita de superdotação (Altas Habilidades). Isso ocorre porque os testes mais precisos e completos para essas investigações não possuem versões validadas para o formato online.

No modelo online é obrigatório possuir um computador com acesso à internet para realizar todas as etapas do processo.

Por que a avaliação com um neuropsicólogo é tão importante, mesmo que o diagnóstico final seja médico?

Porque o objetivo da avaliação neuropsicológica vai muito além de apenas confirmar ou descartar um rótulo. O diagnóstico médico informa "o que" a pessoa tem. A avaliação neuropsicológica explica "como" e "porquê".

Fazer a avaliação com um especialista em TEA garante maior compreensão dos sintomas e oferta respostas que ajudam os médicos:

  • Identifica o Perfil Individual: Mapeia suas forças e vulnerabilidades cognitivas únicas, mostrando como seu cérebro funciona.
  • Explica a Experiência Vivida: Dá nome e validação a fenômenos como o "masking" e o "burnout autista", que causam sofrimento imenso, mas são frequentemente ignorados.
  • Valida o diagnóstico: Mostra se a pessoa tem deficiência intelectual ou dupla-excepcionalidade, uma informação fundamental para o diagnóstico médico.
  • Diferencia Comorbidades: Desmembra sintomas sobrepostos para entender se as dificuldades vêm do TEA, do TDAH, da ansiedade ou de uma combinação complexa.
  • Guia Intervenções Personalizadas: Fornece um roteiro para terapias e adaptações que realmente podem funcionar para as particularidades de cada um.

É um investimento profundo em autoconhecimento que possibilita não apenas um diagnóstico, mas o entendimento do próprio funcionamento, assim como a construção de uma vida com mais qualidade e autenticidade.

Sobre a Avaliação Neuropsicológica

A avaliação neuropsicológica fornece laudo? Para o que serve?

Sim, ao final do processo é entregue um laudo neuropsicológico detalhado. É crucial entender que este laudo não é um diagnóstico, mas sim um documento muito mais completo. Ele serve para:

  1. Apresentar Hipóteses Diagnósticas: Fornece ao médico (psiquiatra/neurologista) informações científicas e clínicas para auxiliar no diagnóstico formal.
  2. Mapear o Funcionamento Cognitivo: Descreve as forças e as vulnerabilidades do indivíduo em áreas como atenção, memória e funções executivas.
  3. Orientar Intervenções: Ajuda terapeutas, escolas e a própria pessoa a desenvolver estratégias de tratamento e aprendizagem mais eficazes e personalizadas.
  4. Promover Autoconhecimento: Na sessão de devolutiva (com 3 horas de duração), todos os resultados são discutidos com o cliente, que passa a entender a fundo seu próprio modo de funcionar.

Vocês atendem avaliação neuropsicológica por convênio?

Não, todos os atendimentos no consultório são realizados de forma particular.

Essa escolha nos permite oferecer um serviço de excelência, sem as limitações de tempo e de processo impostas pelos planos de saúde. A avaliação neuropsicológica, como conduzida pelo Dr. Gabriel, é um processo clínico "artesanal", que exige um olhar atento, sessões longas e uma análise aprofundada que não seria viável nos moldes ofertados pelos convênios.

Quanto tempo demora para ter o resultado (laudo) da avaliação?

O laudo neuropsicológico é entregue até 25 dias após a última sessão de avaliação.

Este prazo é necessário para garantir a qualidade do documento. A elaboração do laudo não é automática; ela envolve a correção e análise estatística de todos os testes, a integração desses dados quantitativos com as observações clínicas e as narrativas do paciente, e a redação cuidadosa de um relatório que traduza toda essa complexidade de forma clara, precisa e embasada cientificamente.

Preciso de um especialista em dificuldade de aprendizagem em Campinas, vocês podem ajudar?

Sim, essa é uma das principais funções da avaliação neuropsicológica. A abordagem do Dr. Gabriel favorece esses casos, pois ele não se limita a identificar a dificuldade, mas busca compreender sua origem.

Utilizando a avaliação neuropsicológica, investigamos se a dificuldade de aprendizagem é:

  • Primária: Causada por um transtorno específico como as "antigas" Dislexia (leitura), Disgrafia (escrita) ou Discalculia (matemática).
  • Secundária: Uma consequência de outras condições, como TDAH (que afeta o foco e a persistência), transtornos de ansiedade (que bloqueiam o raciocínio) e outras variáveis, como alterações no processamento sensorial.

Essa diferenciação é fundamental para que a intervenção seja direcionada à causa real do problema, garantindo um suporte verdadeiramente eficiente.

Como funciona o atendimento na clínica de neuropsicologia do Dr. Gabriel em Campinas?

Nossa clínica de neuropsicologia funciona de forma particular e está localizada na Av. Doutor Hermas Braga, 753, no bairro Nova Campinas, em Campinas/SP.

  • Horários: O funcionamento é de segunda a quinta-feira, com horários de atendimento fixos às 13:00, 15:30 e 18:00.
  • Processo: A avaliação completa geralmente envolve 8 sessões de 1h30min, que ocorrem duas vezes por semana, mais uma sessão final de devolutiva com 3 horas de duração.
  • Filosofia: O atendimento é consultivo e humanizado. O foco está em entender a necessidade do cliente e utilizar a vasta experiência clínica e científica do Dr. Gabriel para ir além dos números dos testes, oferecendo uma compreensão rica e funcional do indivíduo.

Quando os pais devem procurar uma avaliação neuropsicológica?

A avaliação neuropsicológica infantil é um processo que envolve ativamente os pais e/ou cuidadores. A primeira consulta (anamnese) é realizada com eles para coletar todas as queixas e o histórico da criança.

Os pais devem procurar uma avaliação quando notam dificuldades persistentes que impactam a vida da criança, como:

  • Dificuldades de aprendizagem, concentração ou memorização na escola.
  • Atrasos no desenvolvimento da fala ou da interação social.
  • Comportamentos muito agitados, impulsivos ou desafiadores.
  • Sinais de TDAH, autismo ou outros transtornos do neurodesenvolvimento.
  • Questões de regulação emocional, como crises de raiva ou ansiedade frequentes.

A avaliação utiliza testes específicos para a idade, como o WISC-IV ou SON-R, para entender as causas das dificuldades e guiar as melhores intervenções.

Como é uma sessão de avaliação? É como uma prova ou um teste de escola?

Uma sessão de avaliação neuropsicológica é bem diferente de uma prova escolar. Embora utilizemos instrumentos padronizados que envolvem tarefas específicas, o foco não está em "passar" ou "reprovar". O objetivo é entender como seu cérebro processa informações.

Cada encontro é uma etapa de uma investigação clínica conduzida pelo Dr. Gabriel. O processo envolve uma combinação de atividades:

  • Conversas e entrevistas para entender suas queixas e história de vida.
  • Aplicação de testes que se assemelham a jogos ou desafios de raciocínio para medir funções como memória, atenção e planejamento.
  • Preenchimento de questionários sobre comportamentos e emoções do cotidiano.

É um processo colaborativo, onde todas as hipóteses são discutidas abertamente com você, e os resultados são vistos como norteadores de uma compreensão maior, e não como um veredito.

Preciso de um encaminhamento médico para fazer a avaliação neuropsicológica?

Não, não é necessário ter um encaminhamento médico para iniciar o processo de avaliação neuropsicológica.

Qualquer pessoa que busca autoconhecimento, que deseja entender melhor seu próprio funcionamento cognitivo e emocional, ou que tem queixas persistentes sobre dificuldades de atenção, socialização, aprendizado ou organização pode procurar a avaliação diretamente. O processo é um passo de cuidado e um investimento em si mesmo, aberto a todos que sentem a necessidade de obter respostas e clareza.

TDAH | TEA | SUPERDOTAÇÃO

O que é o TDAH?

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade.

No entanto, a visão do Dr. Gabriel, alinhada a pesquisas recentes, compreende o TDAH não como um "déficit" de atenção, mas como uma disfunção na regulação da atenção e da excitação cerebral. Isso significa que a pessoa com TDAH:

  • Tem enorme dificuldade em direcionar e manter o foco em tarefas que não são intrinsecamente motivadoras ou recompensadoras.
  • É movida por interesses de curto prazo, o que explica a procrastinação crônica e a dificuldade em concluir projetos.
  • Costuma apresentar hiperfocos: uma capacidade de concentração intensa e prolongada em assuntos de seu interesse.
  • Pode Sofrer com a desregulação emocional, apresentando maior labilidade de humor e reatividade a críticas e frustrações.
  • Em adultos, a hiperatividade se manifesta de forma mais sutil, como pensamentos acelerados, inquietação interna ou o hábito de interromper os outros.

Essencialmente, o TDAH é um transtorno de desempenho, não de conhecimento. A pessoa sabe o que precisa fazer, mas a disfunção executiva a impede de realizar.

O que é o autismo (TEA)?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por desafios na comunicação e interação social e por padrões de comportamentos, interesses ou atividades restritos e repetitivos.

É fundamental entender o autismo como um espectro, o que significa que ele se manifesta de formas imensamente diferentes em cada pessoa. O Dr. Gabriel acredita que o autismo é, por excelência, um "transtorno do social", e sua investigação vai além dos limitados critérios estabelecidos nos manuais médicos, focando em entender a função por trás dos comportamentos e a experiência subjetiva do indivíduo. Alguns pontos-chave incluem:

  • Regulação e "Stimming": Comportamentos repetitivos (stimming) não são apenas "manias", mas uma estratégia essencial de autorregulação emocional e sensorial.
  • Mascaramento ("Masking"): Muitas pessoas autistas, especialmente mulheres e indivíduos com alta capacidade intelectual, aprendem a "mascarar" suas características para se adaptar socialmente. Esse esforço constante é exaustivo e pode levar ao "burnout autista", uma condição de esgotamento profundo.
  • Processamento Sensorial: Uma parcela dos autistas possui sensibilidade atípica a estímulos do ambiente (sons, luzes, texturas) ou internos (fome, dor). Podem ser hiper-reativos (sentir demais) ou hipo-reativos (sentir de menos), o que impacta diretamente seu bem-estar e regulação.
  • Hiperfoco: Os interesses restritos e repetitivos costumam ser uma marca do cérebro autista, representando uma fonte de prazer, conhecimento profundo e, muitas vezes, de grande potencial profissional.

A avaliação neuropsicológica busca desvendar essa complexidade, oferecendo um entendimento que respeita a neurodiversidade e a singularidade de cada sujeito.

Qual a diferença entre TEA e TDAH? É possível ter os dois (déficit de atenção e autismo)?

A diferença entre TEA e TDAH é uma das dúvidas mais comuns, pois ambos os transtornos podem apresentar desafios nas funções executivas e na interação social. A avaliação neuropsicológica é a melhor ferramenta para realizar essa distinção.

Sim, é possível ter ambos os transtornos. A comorbidade entre TEA e TDAH é bastante comum, especialmente em indivíduos com alta capacidade intelectual. Nesses casos, a avaliação neuropsicológica é fundamental para identificar como cada condição se manifesta e como uma influência a outra, permitindo um plano de intervenção mais adequado.

A avaliação sempre mede o QI? Um QI alto significa que não tenho TDAH ou Autismo?

Sim, a avaliação neuropsicológica sempre mensura o Quociente de Inteligência (QI) como parte do mapeamento do perfil cognitivo.

No entanto, é um equívoco pensar que um QI alto descarta a possibilidade de TDAH ou Autismo. Na verdade, ocorre frequentemente o oposto:

  • O alto QI pode mascarar as dificuldades. Indivíduos com alta capacidade intelectual desenvolvem estratégias compensatórias complexas desde cedo, o que camufla os sintomas e dificulta o diagnóstico.
  • Existe a Dupla-Excepcionalidade. É a coexistência de superdotação com um transtorno do neurodesenvolvimento, como TEA ou TDAH. A avaliação é fundamental para identificar essa complexidade, que exige um plano de suporte que contemple tanto os talentos quanto as vulnerabilidades da pessoa.

O Dr. Gabriel entende que o QI é apenas um dos norteadores do processo, e que classificações e números nunca serão suficientes para mensurar a inteligência e desvendar a complexidade de um indivíduo.

O que é dupla excepcionalidade (Ex: autismo e superdotação) e como a avaliação ou teste identifica isso?

Dupla excepcionalidade é o termo usado quando uma pessoa apresenta tanto superdotação (Altas Habilidades) quanto um transtorno do neurodesenvolvimento, como o autismo (TEA). É um perfil complexo, pois as altas habilidades podem mascarar os desafios do autismo, e vice-versa, dificultando o reconhecimento.

A identificação não é feita por um único "teste de dupla excepcionalidade", mas por uma avaliação neuropsicológica presencial completa, que é obrigatória para qualquer suspeita de superdotação. Durante a avaliação, o Dr. Gabriel, que possui ampla experiência nesse nicho, busca por um perfil cognitivo e comportamental específico:

  • Um Quociente de Inteligência (QI) elevado, muitas vezes com grande variação entre as habilidades.
  • Discurso fluente e pensamento original, típico da superdotação.
  • Dificuldades na reciprocidade social e rigidez de pensamento. Diferenciar hipersensibilidades (característica do TEA) de sobre-excitabilidade (característica da superdotação)

A avaliação permite desvendar essa complexidade, orientando um suporte que acolha tanto os potenciais quanto as vulnerabilidades do indivíduo.

Como funcionam os testes para autismo (TEA)? Existe uma única 'prova' que dá o diagnóstico?

É um equívoco comum pensar que existe uma "prova" ou um "teste para saber se é autismo". Na realidade, a identificação do TEA é um processo complexo e interdisciplinar.

O rastreio no consultório do Dr. Gabriel envolve:

  • Entrevistas Clínicas (Anamnese): Uma conversa aprofundada para entender toda a sua história de vida, queixas e dificuldades.
  • Aplicação de Instrumentos: Utilização de testes e escalas padronizadas que avaliam diversas funções cognitivas (inteligência, memória, atenção) e habilidades sociais.
  • Questionários e Observação: Coleta de informações sobre comportamentos do cotidiano com o indivíduo, familiares e professores (crianças e adolescentes).

O mais importante é o raciocínio clínico do especialista. Os resultados dos testes são apenas norteadores; a assertividade das hipóteses diagnósticas vem da capacidade do avaliador conectar os dados, dar significado às entrelinhas e entender a singularidade de cada pessoa.

Como é a avaliação de TEA em adultos? É diferente da avaliação infantil?

Sim, a avaliação de TEA em adultos possui particularidades muito importantes. Enquanto na infância os sinais podem ser mais evidentes, na vida adulta eles frequentemente estão camuflados por anos de adaptação social.

A avaliação para adulto com suspeita de TEA foca em investigar:

  • O "Masking" (Mascaramento): Adultos, especialmente mulheres, desenvolvem estratégias sofisticadas para "esconder" suas características autistas e parecerem neurotípicos. A avaliação busca identificar o custo emocional e o esgotamento (burnout autista) que esse esforço causa.
  • Histórico de Diagnósticos Equivocados: É comum que adultos autistas cheguem ao consultório com diagnósticos anteriores de ansiedade, depressão, TDAH ou Transtorno Bipolar, pois suas características foram mal interpretadas.
  • Narrativas e Autorrelatos: A experiência subjetiva do indivíduo que se questiona "será que sou autista?" é extremamente valorizada, pois as narrativas pessoais são fundamentais para entender o espectro.

A avaliação de TEA na vida adulta, portanto, é menos sobre observar comportamentos óbvios e mais sobre investigar a complexa história interna de adaptação e sofrimento.

Qual o papel da neuropsicologia no TEA? Devo procurar um neuropsicólogo, psicólogo ou um médico especialista em TEA?

Esses profissionais têm papéis diferentes e complementares. É fundamental entender a função de cada um:

  • Médico (Psiquiatra/Neurologista): É o único profissional habilitado por lei para fornecer o diagnóstico nosológico final de Transtorno do Espectro Autista.
  • Neuropsicólogo Especialista em TEA: É o profissional que conduz a avaliação neuropsicológica. A neuropsicologia no TEA investiga a fundo o funcionamento cognitivo, social, sensorial e comportamental, fornecendo um mapa completo do indivíduo. O Dr. Gabriel, como neuropsicólogo, elabora um laudo com hipóteses diagnósticas que são essenciais para que o médico possa realizar um diagnóstico assertivo.
  • Psicólogo: Pode oferecer terapias e outros suportes, mas não está habilitado para realizar avaliações neuropsicológicas, que exigem uma especialização específica (Pós-Graduação com duração mínima de 1 ano em neuropsicologia) e certificação no Conselho de Psicologia.

A avaliação fornece um laudo para TEA? Esse laudo serve para fins legais, escola ou trabalho?

A avaliação neuropsicológica fornece um laudo completo e detalhado. Contudo, é crucial entender que este não é um "laudo diagnóstico de TEA", mas sim um laudo neuropsicológico com as hipóteses diagnósticas.

Este documento tem enorme valor prático e serve para:

  • Auxiliar o diagnóstico médico: É a principal ferramenta que o psiquiatra ou neurologista utilizará para formalizar o diagnóstico.
  • Fins Escolares e Acadêmicos: O laudo é utilizado para solicitar adaptações, recursos de acessibilidade e suporte pedagógico em escolas e universidades.
  • Ambiente de Trabalho: Ajuda a fundamentar a necessidade de acomodações no ambiente profissional.
  • Fins Legais e para Concursos: O laudo médico é o documento que comprova a condição e a garantia dos direitos.

Barulhos altos, etiquetas de roupa e certos cheiros me incomodam a ponto de estragar meu dia. Isso pode ter relação com autismo (TEA)?

Sim, o que você descreve podem ser exemplos clássicos de alterações no processamento sensorial, uma característica central do Transtorno do Espectro Autista (TEA). No autismo, o cérebro pode interpretar os estímulos do ambiente de forma atípica, o que se manifesta como:

  • Hiper-reatividade: Uma resposta exagerada a estímulos. Sons que para outros são normais podem ser percebidos como dolorosos; o toque de uma etiqueta ou de certos tecidos pode ser insuportável; e cheiros ou luzes intensas podem causar sobrecarga e até dor física.
  • Hipo-reatividade: Uma resposta diminuída, como ter baixa percepção de dor, frio ou calor.

Esses são apenas alguns exemplos de alterações. Nossa avaliação investiga o perfil sensorial e encaminha o indivíduo para um profissional qualificado neste tema: Terapeuta Ocupacional. Essas sensibilidades não são "frescura" ou "mania", mas uma alteração que impacta diretamente a regulação emocional e o bem-estar.

Sempre tive um bom desempenho, mas me sinto esgotado(a) por ter que "fingir" normalidade em situações sociais. A avaliação pode explicar isso?

Sim, essa sensação é um relato bastante comum em adultos autistas com alta capacidade intelectual, um ponto central da nossa investigação. Por exemplo, o que você descreve pode estar diretamente relacionado com os conceitos de:

  • Masking (Mascaramento): É o desenvolvimento de estratégias, muitas vezes desde a infância, para camuflar características autistas e imitar comportamentos neurotípicos. Isso inclui forçar o contato visual, ensaiar conversas e suprimir movimentos repetitivos (stimming).
  • Burnout Autista: Esse esforço contínuo de mascaramento demanda uma energia mental e emocional imensa, levando a um estado de exaustão crônica, perda de habilidades e tolerância reduzida a estímulos. O burnout autista é uma condição distinta da depressão e é uma consequência direta do estresse de viver em um mundo não adaptado e da falta de apoio.

A avaliação ajuda a identificar esses padrões, validando sua experiência e explicando a origem desse cansaço, que não é uma falha pessoal, mas uma consequência neurobiológica.

Por que consigo me concentrar por horas em um videogame (hiperfoco), mas não consigo focar em tarefas simples do trabalho? Isso pode ser TDAH?

Essa é uma das principais característica do TDAH e um exemplo perfeito de como o transtorno funciona. O TDAH não é um "déficit" de atenção, mas sim uma disfunção na regulação da atenção.

  • Hiperfoco: O cérebro com TDAH consegue, sim, se concentrar. Na verdade, ele pode ter uma capacidade de foco extremo e prolongado em atividades que são intrinsecamente gratificantes, interessantes ou que oferecem recompensas imediatas, como um videogame.
  • Dificuldade com Tarefas Não Reforçadoras: A disfunção se manifesta na incapacidade de direcionar e manter a atenção em tarefas consideradas tediosas, repetitivas ou que só trarão resultados a longo prazo.

A avaliação neuropsicológica investiga exatamente essa dinâmica. Ela ajuda a entender que a dificuldade não é uma questão de vontade, mas sim um transtorno de desempenho, onde a pessoa sabe o que fazer, mas seu sistema de regulação cerebral não permite engajamento na tarefa.

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